Cláudio vem de Curitiba ao Rio de Janeiro onde ficará hospedado por três dias. Patrícia, natural de Brasília, também chega ao Rio e fica na casa da tia. Os dois se encontram numa visita ao Palácio do Catete. Saem de lá juntos para visitar o Museu de Arte Moderna. Ele entra num boteco para pedir informações e quando retorna não a encontra mais. Bate no portão de um casarão e conversa com três rapazes. Um deles, usando uma camiseta coma inscrição “Bem-Vindos ao Rio”, diz que a moça teve um desmaio e está lá dentro sendo atendida pela tia dele. Mesmo desconfiado, Cláudio entra e acaba sendo trancado num quarto escuro junto com Pat. Quando Baixo, o chefe, chega junto com a namorada Tereca, Nariz conta o que aconteceu. Ele não se entusiasma muito porque o seqüestro foi feito sem planejamento nenhum e eles nem sabem se os dois têm ou não dinheiro. Nariz não dá o braço a torcer, acha que conseguirá uma boa grana com o resgate. Apesar de achar que Nariz fez bobagem, Baixo tenta assumir o comando da situação. Os bandidos sabem que o caso já saiu no rádio e na televisão. Baixo acha que devem soltar os reféns, Nariz não concorda e quer agir. Um dos seqüestradores liga para a mãe de Cláudio e diz para o pai dele ir ao Rio de Janeiro e se hospedar no mesmo hotel, levando cem milhões de cruzeiros para o resgate. Os pais de Cláudio chegam ao Rio e recebem novo contato dos sequestadores. Chegam também os pais de Pat e procuram o inspetor Walmor. Cláudio escapa por um buraco no teto do banheiro e ganha o telhado. Enquanto Baixo pensa no que fazer, Nariz, muito mais ágil sobe pelo buraco e faz Cláudio voltar depois de ameaçar Pat. Com essa atitude, Nariz volta a liderar o grupo. Cláudio e Pat escrevem uma carta que é entregue no hotel. Nariz, Baixo e Aliás saem para roubar um carro e se dão mal, são perseguidos pela polícia e quase pegos. Sebão, um desertor da quadrilha, conta o caso para a mãe e diz que sabe onde o casal está. Eles resolvem deixar uma carta escrita com letras de jornais e as fotos dos dois numa igreja do bairro do Catete. Baixo e Aliás entregam Cláudio para o pai de Pat e recebem o dinheiro. A quadrilha divide o dinheiro dentro do Opala roubado e separam-se. Aliás sobe o morro com a sua parte do dinheiro e vai até a casa de Sebão para dar uma relaxada. Ao ver o amigo, diz em tom de brincadeira que os outros foram presos porque alguém os delatou. Amedrontado, Sebão acaba revelando que foi ele o delator. Os dois brigam e a mãe de Sebão grita por socorro. Aliás é preso e o dinheiro recuperado. Nariz, Baixo e Tereca permanecem no Opala carregando Pat. Ouvem as notícias da prisão dos companheiros e tentam fugir pela zona sul. Nariz rouba um Chevette. Tereca desce e pede para Baixo lhe entregar sua parte depois. O carro é perseguido por uma viatura policial e acaba chocando-se violentamente contra um poste. Baixo morre no acidente, Nariz escapa e Pat consegue sair ilesa. A perseguição da polícia termina na saída de um cinema onde Nariz havia se escondido com a mala de dinheiro. Escrito nos anos setenta, numa época em que o Rio de Janeiro e também o Brasil ainda nem sequer imaginavam para onde caminharia a violência urbana, o livro em muitos momentos soa como uma história de contos de fadas devido à ingenuidade dos rapazes seqüestrados e dos próprios bandidos, um tanto quanto idealizados. O autor procura buscar nas origens humildes deles a justificativa para seus atos. Essa base sociológica com certeza já não se sustenta como única desculpa para a violência atual. Tudo indica que o efeito pretendido pelo autor dificilmente será alcançado pelos jovens de hoje que se identificam muito mais com tropas de elites e cidades de deuses.
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